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sexta-feira, 26 de abril de 2013

LANÇA PERFUME




      Antigamente no meu tempo de juventude lá pelas bandas de Itiúba, as coisas eram outras e os significados, também.
      Faço aqui uma referencia explícita aos tubos de lança-perfume que existiam e eram especialmente importados da Argentina para os felizardos que podiam desfrutar da “iguaria”.
      Comentando sobre o assunto com um leigo, tentei explicar que o crime é rigorosamente uma coisa relativa e que, nem sempre, as coisas são criminalizadas com lógica.
      Todos quantos viveram pelo menos até os anos “50” podem relembrar os carnavais do Brasil em que o uso do lança perfume não oferecia nada de criminoso, salvo os porres que levavam à morte.
     Lembro-me de Pereira Coutinho um dos donatários da Capitania da Bahia (Ilhéus) que foi levado até Portugal denunciado, para se explicar perante o rei, apontado pela Inquisição da Igreja Católica, só porque  o donatário adquiriu  hábito de fumar, com os índios. Sim, os índios brasileiros levaram o infeliz vicio do fumo para  mudo.  Depois ainda dizem que índio não ensina nada...
      Pois bem, não era todo mundo que podia fazer uso. O perfume era guardado nas toalhinhas que levávamos nos ombros e desenmalados de vez em quando para que recordássemos. As moças eram paqueradas com esguichos de lança perfume. Não era crime.
      Hoje bandidos vivem a vender e a polícia destruir vasos de lança perfume uma vez que foi criminalizada a prática.
     Coisas do Brasil. Ontem permitido. Hoje criminalizado. Que dá saudade dá. É inegável.

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